segunda-feira

Reeducação emocional.

Já sentiu algo certo pela pessoa errada? Acho que essa é a minha sina. Amar de uma forma assustadora alguém que não me merece e fechar todas as portas do coração para mulheres que querem e que podem dar vazão e racionalizar a porra do amor que sinto. Se existe reeducação alimentar, entre tantas outras reeducações diversificadas e pré-estabelecidas, ei de criar a reeducação emocional. Filtrarei as emoções, aprenderei novamente a enxergar mais do que olhos vêem, aprimorarei meu senso crítico, diminuirei o orgulho e tomarei menos doses disso que leva seu nome, teu gosto e o meu melhor.

30 minutos.

Que 30 minutos foram esses? Enquanto todos me diziam estar perdendo meia hora, para mim, a cena era inversa. Estava acrescentando, agregando ao sentimento uma coisa inesperada. Sempre falei do inesperado, mas pouco vivenciei situações das quais ele me proporcionasse tanto prazer. Eis que a única tragédia prescrita pela vida é a ironia do tempo. Quando mais se deseja, mais curto ele se torna. Quanto mais se pede menos, se tem. Quanto mais se precisa menos preciso ele é. Foram apenas 30 minutos, mas foram o suficiente pra saber que pouco tempo já o bastante se conseguirmos driblar as incertezas do inesperado e acertarmos nas escolhas que fazemos dentro da oportunidade que ali não pode, de maneira alguma, ser perdida.

Regada de reticências.

E começou a fazer falta, mas uma puta falta. Daquelas que atormentam o sono, que atrapalha o trabalho e que distorce as idéias quando aqui em frente ao pc tento escrever algo para atualizar este blog. E por mais que eu tente não escrever sobre você, as palavras não cessam a vontade, não reprimem o tesão que é falar do que odeio sentir. Se quer saber, eu te amo mesmo, amo pra caralho, mas isso não me impede e nunca há de impedir que as coisas mudem. Se consegue viver uma vida da qual não faço parte, levarei uma na qual só te lembrarei quando em alguma mesa de bar, dividir com um amigo uma ou outra história regada de reticências.

É, definitivamente estou apaixonado.

É, definitivamente estou apaixonado. Fazia um bom tempo que a paixão não me atormentava. Talvez tenha perdido o caminho ou apenas se cansado de insistir com alguém tão complicado, bem como sou. Sabe aquela história de dias mais coloridos, tudo com outra cor? Então, isso pra mim não é definição de paixão. Paixão é isso que estou sentindo, esse gosto, essa excitação que tento colocar aqui em palavras e não consigo. Por fim, pra mim a paixão não consiste em buscar o diferente, mas sim, enxergar de forma diferente aquilo ou esse alguém que até outro dia era tosca e monocromática. Talvez não aos olhos do mundo, mas aos meus olhos sim.

sexta-feira

Com palavras novas.


Li uma frase em um desses tumblers que as pessoas insistem em nos mandar por todas as redes sócias que achei interessante. Era algo mais ou menos assim: - E deixei de sentir pena de mim por estar sem você e passei a sentir pena de você por estar sem mim. Achei inteligente embora seja muito clichê. Sabe, o legal de e escrever é que você acaba por muitas vezes lendo o que outras pessoas escrevem e em uma dessas leituras de finais de tarde, é bom concluir a idéia de que não é o único com perturbações amorosas. Enfim, é bom saber que o que não consigo relatar neste blog, outras pessoas relatam por mim com palavras novas, mas com o mesmo poder de persuasão.

Duas certezas.


Tu já viveu aquele momento em que se arriscar de vez é a melhor solução?
O famoso “tudo ou nada”, a gente pode ficar junto ou apenas nos cumprimentarmos por ai. Acho que é essa minha mania de intensificar as coisas que acaba por fuder muito comigo. Se quero eu vou pra cima, me doou ao máximo e não me contento com metades, com partes de algo que somente inteiro pode me proporcionar prazer inimaginável. Na verdade cada ser se conhece, cada pessoa sabe os questionamentos que tem que fazer e as respostas que pode ouvir, dentro de variáveis situações que não imaginamos adquirir lesões. Todo este rodeio apenas pra tentar escrever que ontem a gente se encontrou, conversamos e durante uma caminhada ingênua duas certezas foram estabelecidas: - Continuo perdidamente apaixonado e que amanhã nossa conversa se limitará à um “cumprimento por ai”, tipo um oi ou um acenar com as mãos. Tenso.

Mesmo deixando marcas.


E ai tu fecha os olhos e sem querer (talvez querendo) se pega pensando nela. Ela mesma, aquela que por mais que tu tente arrancar parece tornar-se parte de ti. Outro dia em uma conversa informal em uma rede social, uma guria me perguntou se eu estava apaixonado, respondi de imediato que não. Em seguida perguntou-me se eu não sentia nenhum sentimento por alguém, fiquei em dúvida e isso é perigoso. Ao mesmo tempo que quero odiar eu amo, que quero abandonar eu espero proteger. Não que queira tentar resgatar algo que me machucou, que ainda machuca, só não sei esquecer algo que no meu momento frágil tornou-me forte. Acho que o segredo da vida é esse. Conviver com o inesperado, fechar os olhos e lembrar do que foi realmente bom, mesmo deixando marcas.