quarta-feira

Monstro de saias.


Você sabia que eu estava me apaixonando e não me cortou. Deixou que o sentimento crescesse só pra se sentir querida e amada por alguém quando todos lhe virassem as costas. Como pode ser tão fria assim?
É como se não tivesse sentimentos, como se tudo fosse oco dentro do seu peito e respirasse apenas pra magoar, buscar um sentido na vida massacrando a dos outros. Injusta, fria, covarde.
Sempre me apaixonei por mulheres complicadas, mas foi a primeira vez que me apaixonei por um monstro que usa saias.

Perderia mais horas.



E só de pensar que hoje você está muito longe daqui o coração dói e as lembranças começam a machucar. Perderia mais horas do dia sentado no mesmo banco desconfortável, te olhando, reparando nos bicos de zangada que fazia quando perdia o foco do assunto.
Muitas risadas, olhares, ciúme, carinho, afeto.
Nunca pensei que aquela poderia ser a última conversa, o último riso. Levou muito de mim, deixou muito de você também.
Mesmo assim ainda não é suficiente para suprir a falta e o vazio que tem suas medidas, tem seu nome, tem meu coração.

Mais longe.



Covarde.
É assim que chamo esse amor que sinto, que tenta sair do peito e me fazer gritar pra todos que não quero que tudo se torne apenas uma boa lembrança.
Aconteceu, mas não é só um lance. Eu vi como me olha, você deve ter percebido que também te olho diferente. O beijo tornou-se suave, os toques quentes e cheios de arrepios que mexem com a cabeça.
Uma explosão de sensações, de sentimentos que faz-me acreditar que podemos chegar mais longe.

Buraco.



Pelo jeito quase 2 anos de amizade e convívio não são nada pra você.
Você agiu como se tudo na vida fosse substituível.
Maldita mania de olhar pro alto e não perceber os buracos no caminho.
Um dia cairás e torço para o buraco ser profundo, tão profundo que se perca na escuridão que buscou ao não abrir os olhos para a verdade.