sexta-feira

Que está vivo em mim.


Hoje pensei em você e pela segunda vez quis cometer o erro de me perder na sua vida. Não está sendo fácil te apagar de mim. Eu juro que tento, que deixo de lado o sentimento e percorro rumo ao que desconheço, pois mesmo te amando incondicionalmente sei que qualquer caminho é mais seguro do que continuar ao seu lado. Quando as pessoas te dizem para seguir em frente, elas esquecem de dizer que o caminho é árduo, sinuoso, inconstante. Não posso reatar um laço que decidi cortar, não agora. Parabéns razão, finalmente você conseguiu passar a perna no coração ao não me permitir viver algo que está vivo em mim.

terça-feira

Banalização do amor.


Tem muita gente banalizando os sentimentos.
Não sei mais no que acreditar quando alguém diz que ama. Antigamente, a sonoridade de tais palavras traziam-me conforto, faziam-me viajar em pensamentos que arrisco-me a classificar como “puros” e que hoje os sinônimos são muito desgostosos pra repetir.
Num segundo se ama, no outro se odeia. Somos seres humanos, somos imperfeitos, mas diante de tamanho conhecimento sobre o amor e sua capacidade de atingir o outro, deveríamos prezar pelo silêncio antes de dizer algo irreversível.
Citarei duas frases que condizem com meu argumento sobre a banalidade amorosa.

“Nunca diga te amo se não te interessa. Nuca fale sobre sentimentos se estes não existem” – Mário Quintana.

“Eu te amo é uma frase muito forte para ser dita em vão. Ame primeiro, diga depois.” – Renato Russo.

domingo

Sem arrependimentos, mas com conseqüências.


Minhas vontades tem mudado, assim como as horas, o clima ou todo o resto.
Vejo muita gente dizendo que está reorganizando as prioridades, de certa forma, classificando as pessoas pela afinidade, gostos, importância. Já pensei em tomar essa atitude, mas não quero pertencer à classe dos egoístas que se colocam sempre em primeiro lugar, muito menos não me julgar capaz de questionar prioridades já que de santo nem o nome tenho.
Em torno de tudo que rege a vida, às vezes precisa-se apenas fazer, realizar.
Sem arrependimentos, mas conhecendo as conseqüências. Já não durmo com vontades absurdas, pois me consome o absurdo gosto de viver.

É, eu ainda te amo.


Não é tão simples juntar os cacos do nosso relacionamento, do que a gente viveu, buscando o “para sempre” e sendo silenciados pelo “agora”.
Não consigo me arrepender de nada que fizemos, do que deixamos de fazer ou planejávamos concretizar. Tenho pensado que pessoas como você, entram em minha vida com a missão de escrever um capítulo nas folhas brancas que não pude preencher sozinho. Estou estacionado no seu capítulo. Não é que não queira continuar a leitura, mas percorrer apenas com os olhos a escrita de um sentimento verdadeiro machuca. É, eu ainda te amo.

sexta-feira

Confuso, sentimentos, controle.


Quando quero falar de confusão, tudo o que digo envolve sentimentos. Não consigo dar nome ao que sinto. Quando acho que é amor ele morre, a paixão é apenas desejo, a amizade colorida fica monocromática enquanto os desconhecidos tornam-se íntimos.
Talvez a maldita confusão seja a razão de tamanha covardia ao expressar-me diretamente em relação ao que sinto, ou apenas esteja esperando que eu, personagem principal de histórias sem final, assuma o controle do enredo.

Bagunçar minha vida.


Em busca da ordem natural das coisas, dos sentimentos, comecei a desfazer nós e traçar novamente os limites que há tempos desisti de impor. Peguei-me andando em círculos, buscando um caminho novo para percorrer, onde buracos no caminho fossem pisoteados durante a jornada. Continuo escrevendo sobre possibilidades incertas, quando na verdade, a única certeza é que você sempre volta. Mais cruel, malicioso, ganhando-me no papo e bagunçando o pouco que pude reconstruir sozinho. Seja feita a vossa maldição, amor não correspondido.

Adoro um amor inventado também.


Adoro um amor inventado também. Normalmente acontece quando viajo e deparo-me com alguma garota que intriga-me. Acabo por viajar e desfrutar de momentos que ficam somente na minha imaginação. Sim, eu invento amores. Os amores reais tem me machucado tanto que por vezes antes de voltar a sentir-me vivo num novo ou antigo relacionamento, sonho com o que não me pertence, com o que DESEJO que aconteça, com o que ESPERO acontecer.