sexta-feira

Cansei de morrer.


Sinto que estou morrendo nas vidas das pessoas que amo.
A gente acha que tudo vai continuar igual, mas não continua. Quando percebemos, estamos perdendo espaço e o vazio até então desconhecido por nós começa a crescer, ao mesmo tempo em que, dentro do outro nosso espaço é ocupado.
Mas como todo o tipo de mudança sempre tem dois lados, por vezes não posso somente acreditar que fui deixado de lado, e sim ter certeza que deixei partir quem não mais merecia meu amor.

Me apaixonar.


Às se apaixonar não trás benefícios satisfatórios ao coração, ao que sentimos. Faz tempo que não experimento a melhor parte de uma paixão. O lance dos carinhos, dos abraços, das confidências, realmente não me pertence. Quando penso que o problema é comigo, lembro-me que hoje é normal que as pessoas se apaixonem pelo menos umas 5 ou 6 vezes no ano, o que muito me entristece, pois deposito esperança num relacionamento vazio. Enfim, acredito no amor, mas prefiro vivenciar a paixão, que por mais falsa e vazia ainda nos proporciona, mesmo que momentaneamente, situações inesquecíveis, acompanhadas de novas desilusões.

Atenção.


Ajo sabendo dos resultados e mesmo assim, temo-os. Sei quando devo estar presente e quando minha ausência é necessária para que a reflexão tome ambas as cabeças. Uma hora sei que por falta ou por excesso de atenção as coisas irão simplesmente perder a sintonia, que vamos enxergar de forma monocromática o que antes era cheio de cor, cheio de vida. Percebo-me pensando muito, vivendo pouco e perdendo o melhor de nós. São nesses momentos que normalmente liberto quem amo. Se virar nó vai deixar de ser laço, se o “eu te amo” for dito como “bom dia”, ninguém sairá ileso.