sexta-feira

Com palavras novas.


Li uma frase em um desses tumblers que as pessoas insistem em nos mandar por todas as redes sócias que achei interessante. Era algo mais ou menos assim: - E deixei de sentir pena de mim por estar sem você e passei a sentir pena de você por estar sem mim. Achei inteligente embora seja muito clichê. Sabe, o legal de e escrever é que você acaba por muitas vezes lendo o que outras pessoas escrevem e em uma dessas leituras de finais de tarde, é bom concluir a idéia de que não é o único com perturbações amorosas. Enfim, é bom saber que o que não consigo relatar neste blog, outras pessoas relatam por mim com palavras novas, mas com o mesmo poder de persuasão.

Duas certezas.


Tu já viveu aquele momento em que se arriscar de vez é a melhor solução?
O famoso “tudo ou nada”, a gente pode ficar junto ou apenas nos cumprimentarmos por ai. Acho que é essa minha mania de intensificar as coisas que acaba por fuder muito comigo. Se quero eu vou pra cima, me doou ao máximo e não me contento com metades, com partes de algo que somente inteiro pode me proporcionar prazer inimaginável. Na verdade cada ser se conhece, cada pessoa sabe os questionamentos que tem que fazer e as respostas que pode ouvir, dentro de variáveis situações que não imaginamos adquirir lesões. Todo este rodeio apenas pra tentar escrever que ontem a gente se encontrou, conversamos e durante uma caminhada ingênua duas certezas foram estabelecidas: - Continuo perdidamente apaixonado e que amanhã nossa conversa se limitará à um “cumprimento por ai”, tipo um oi ou um acenar com as mãos. Tenso.

Mesmo deixando marcas.


E ai tu fecha os olhos e sem querer (talvez querendo) se pega pensando nela. Ela mesma, aquela que por mais que tu tente arrancar parece tornar-se parte de ti. Outro dia em uma conversa informal em uma rede social, uma guria me perguntou se eu estava apaixonado, respondi de imediato que não. Em seguida perguntou-me se eu não sentia nenhum sentimento por alguém, fiquei em dúvida e isso é perigoso. Ao mesmo tempo que quero odiar eu amo, que quero abandonar eu espero proteger. Não que queira tentar resgatar algo que me machucou, que ainda machuca, só não sei esquecer algo que no meu momento frágil tornou-me forte. Acho que o segredo da vida é esse. Conviver com o inesperado, fechar os olhos e lembrar do que foi realmente bom, mesmo deixando marcas.