domingo

Palavras fortes, que doem, que machucam.


Ouvi palavras fortes, algumas doeram, machucaram.
Queria me entregar, dizer o que está preso na garganta, mas não consigo pronunciar o que desejo.
Não sei se vai ler esta postagem, mas ontem derramei algumas lágrimas lembrando da conversa que tivemos na cantina. Dias antes uma conversa a quatro (duas consciências entre nós), e em outro instante uma explicação detalhada do por que não rolar, comparação do meu amor com o que sentia por outro cara e músicas românticas em um celular.
Te vi com outros caras, te escutei fazendo planos que não me envolvia, enquanto aqui eu simplesmente recusava amar outra pessoa que não fosse você. Confesso que beijei outras pessoas, não só na escola como em festas pela região, carnavais e outras situações de finais de semana, o que não amenizava o vazio.
Antes um sorriso teu mudava meu dia, hoje já não tem tanta eficácia. Eu sempre abri mão de tudo pra ficar com você e mesmo assim não foi o suficiente. Lembro dos foras que já me deu, das furadas em que fiquei sozinho olhando o relógio e esperando que viesse a qualquer momento. Lembrei-me das conversas por MSN onde eu simplesmente implorava por um pouco de atenção. Escrevi mais de 100 postagens tentando colocar o que sentia de uma forma formal, foi a única maneira que consegui de expressar-me por completo, sem avaliar as medidas.
Antes eu criava expectativas, hoje eu nem perco meu tempo pensando em possibilidades de rolar algo, encaro que tenho sua amizade e que mediante seu relato é só o que pode me oferecer. Amar não é pedir algo em troca, amar é dar sem esperar receber, mas convenhamos que dei muito, me doei por inteiro e hoje o que tenho em mim são cicatrizes que escondo das pessoas.
Tem dias que acho que você gosta de mim, em alguns momentos chego a acreditar nisso. Ai você fala dos outros carinhas que ficou nas festas, nos finais de semana, das cantadas que recebeu. Eu rio por fora, choro por dentro e sigo em frente.
Já desisti inúmeras vezes de ti, me arrependi e voltei atrás, pois sempre acreditei no impossível. Hoje eu desisti do meu sonho, to desistindo de te amar e acho que isso não vai ter volta. Não desta vez!
De todas as mulheres que me envolvi, você foi a única que amei de verdade, a única que quis fazer feliz, que tomei cuidados para não magoar e no fim o único magoado fui eu. Sinto-me como um capacho humano, sinto-me mal, mais muito mal mesmo por estar vivendo do resto de algo que um dia chamei de amor. Sempre fui orgulhoso e já nem sei onde está meu amor próprio. Já me perguntei se era errado amar tanto uma pessoa do jeito que amo, já pedi para Deus iluminar meu caminho e fazer-me esquecer já que não sou capaz de tal proeza. Pelo menos uma vez ao dia eu penso em ti, me questiono e critico meus sentimentos, desejo esquecer e vivo de tristezas que vivem indo e voltando a todo o momento em minha mente.
Queria usar pessoas para te esquecer, mas não sou tão hipócrita assim. Por mais que te ame, quando te olho acabo voltando para a lembrança da cantina, onde escutei o que não queria, onde minha realidade distorceu e virou pesadelo, onde amargamente tive que segurar lágrimas e decidir sobre meus sentimentos. Estou cansado de tudo isso, de sofrer, de me arriscar, de levar pancada, de te ver com outros, de viver de resto. Nunca te tive para mim, nunca vou te ter, até poderia rolar, mas já não estou 100% depois daquela conversa. Suas palavras deixaram seqüelas em mim, tocaram o orgulho que antes não importava de deixar de lado. Realmente espero que dentre todas as postagens que fiz, que leia esta, que se existir algum tipo de sentimento, que pense, que avalie as coisas, que siga (o que é fácil pra você), e que saiba que eu não deixei de te amar, mas sim, desisti desse sentimento por não agüentar mais os mals tratos que você, somente você causou ao meu coração, ao meu amor, ao meu orgulho, a minha integridade física e emocional. Eu posso viver sem você, mesmo não querendo, já não tenho alternativa. Finalmente tentando me enxergar como prioridade espero que te amar passe a ser somente uma opção.

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